Luz, câmera, ação… Ah não, calma, como seria o bordão para se introduzir uma revista?
Brincadeiras à parte, porque afinal não estamos vivendo um conto de fadas, mas me pergunto: por que não podemos nos reconhecer como protagonistas das nossas histórias?
Começo esta revista assim, com um sorriso no canto da boca, talvez um pouco constrangida com a minha própria intensidade. Mas é que hoje decidi me dar esse direito: o de escrever minha vida como quem escreve um livro que vale a pena reler.
A cada edição, você não vai encontrar um manual de vida, nem um roteiro infalível para ser feliz. Vai encontrar histórias reais, cheias de nuance, com riso e choro, com culpa e alívio, com poesia e pés no chão. Aqui, escrevo como quem sussurra memórias ao pé do ouvido. Como quem senta ao lado e diz: eu também não sei muito bem o que estou fazendo, mas estou tentando.
O Outrora Ateliê nasce assim: da tentativa, da tinta nas mãos, do papel cheio de rasuras e intenções. E tudo bem. Porque recomeçar, mesmo sem certeza, é uma das formas mais bonitas de existir.
Então, seja bem-vinda(o) a mais um capítulo.
Puxe uma cadeira. Pode entrar descalça(o). A casa é sua.
Aqui, a gente transforma história em arte. E vive para contar.